As diferenças nos custos de defensivos, fertilizantes, máquinas agrícolas e outros insumos agropecuários comercializados no Brasil em relação a outros países do Mercosul foram debatidas hoje (17/8) pela subcomissão que analisa as assimetrias existentes entre os países do Bloco, no âmbito da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados.
Relator da subcomissão e coordenador político da Região Sul da Frencoop, o deputado Luis Carlos Heinze (RS), afirmou que desequilíbrios setoriais e de fluxo de mercadorias prejudicam os produtores brasileiros. O parlamentar acredita que assimetrias tributárias e incentivos, como insumos mais baratos, fazem com que a produção agrícola dos países-membros do Mercosul tenha custo menores, gerando uma “concorrência desleal” em relação aos produtos brasileiros.
Empresas do setor de fertilizantes e defensivos estiveram presentes na reunião e afirmaram que os preços de seus produtos são definidos primeiramente pelo mercado internacional e em segundo lugar, pela necessidade de importação em maior ou menor quantidade de matérias primas.
Carlos Eduardo, representante da Associação dos Misturadores do Brasil (AMA Brasil), demonstrou que hoje o país importa a maior parte das matérias primas de seus fertilizantes. Como exemplo, mencionou que 68% do NPK utilizado, componente básico dos adubos, é importado. No entanto, a AMA Brasil acredita que com investimentos do governo e com o apoio de grandes empresas, como a Petrobras e a Vale, esse cenário pode ser alterado e até 2016 a importação de NPK seja de apenas 47%.
Por sua vez, o Diretor-Executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquette, lembrou que grande parte do ônus da produção brasileira vem das dificuldades em infraestrutura e logística existentes ao longo de todo o território brasileiro. Problemas no transporte têm grande impacto na produção agropecuária, tendo em vista que 80% das cargas transitam somente por rodovias. Roquette também mencionou disparidades tributárias que devem ser corrigidas, como a necessidade de diminuição de taxas e tributos aplicados à produção, além da concessão de isonomia de ICMS entre produtos importados e nacionais.
Também presente na reunião, o Vice-Presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (SINDAG), José Roberto da Ros, focou na questão da burocracia para liberação de licenças para defensivos agropecuários. De acordo com Ros, a demora chega a 36 meses, mesmo com o pagamento de altas taxas pelo setor, o que encarece o produto e dimunui a intenção de grandes empresas comercializarem no País.
O presidente da subcomissão, deputado Reinaldo Azambuja (MS), coordenador político da Região Centro-Oeste da Frencoop, afirmou que a subcomissão vai analisar os dados e as dificuldades apresentadas pelos expositores e continuará a realizar reuniões com o setor agropecuário brasileiro na tentativa de encontrar uma solução para assimetrias constatadas.
São tantas as diferenças entre os países, carga tributaria da cadeia de produção, diferenciais logisticos, leis trabalhistas...
ResponderExcluirTem informações faltando...
ResponderExcluirN - Nitrogênio - Não pesquisado
P - Esse empreendimento, denominado Projeto Santa Quitéria, será realizado em parceria com empresa privada que será a responsável pela exploração e comercialização do fosfato associado, entregando o subproduto desse processo (licor de urânio) à INB, que será a responsável pela produção do concentrado de urânio. (http://www.inb.gov.br/inb/WebForms/interna.aspx?Secao_id=98&campo=81)
K - Potássio Brasil (AM) capital canadense tornará o Brasil auto-suficiente.