quinta-feira, 25 de agosto de 2011

OCB discute importação de leite com o Ministro da Agricultura

Ministro do MAPA debate problemas na cadeia de lácteos brasileira com parlamentares e entidades do setor

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participaram da reunião do Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho com deputados integrantes da subcomissão destinada a acompanhar, avaliar e propor medidas sobre a produção de leite no mercado nacional, para discutir problemas relacionados à importação de lácteos dos países do Mercosul.

O deputado Alceu Moreira, relator da subcomissão e integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), relatou ao Ministro que há um acordo que limita a quantidade de produtos importados da Argentina mas que, em virtude do aumento da importação do Uruguai, este acordo pode não ser renovado. Moreira afirmou que esta questão já foi apresentada ao MAPA e discutida com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), mas acredita que é fundamental o Ministro estar à frente deste processo de negociação.

De acordo com o deputado Domingos Sávio, presidente do colegiado e representante do Ramo Consumo na Frencoop, sem a renovação do acordo, haveria uma "invasão" de produtos argentinos e uruguaios no Brasil, inviabilizando a produção brasileira, já que os custos de produção e o câmbio atual tornam o produto estrangeiro mais barato do que aquele produzido no país. Alguns supermercados das regiões de fronteira já estariam importando o leite diretamente destes países, o que está desorganizando uma cadeia já muito delicada. Para ele, "são muitos perdendo em detrimento de poucos".  

Representando os produtores brasileiros, a CNA e a OCB se colocaram a disposição para fornecer informações ao Ministro sobre as demandas da cadeia do leite e enfatizaram que a pecuária leiteira nacional abastece bem o mercado nacional  e qualquer alteração no volume de importações que hoje recebemos teria consequências desastrosas para a toda a produção.

Ao final da reunião, o Ministro informou que aguardaria a resposta do MDIC até hoje (25/8), para então definir junto aos parlamentares e representantes do setor novos encaminhamentos para o tema.


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