Foi aprovado nesta quarta-feira (6/2)
o parecer do relator da Medida Provisória (MPV) 582/2012, deputado Marcelo
Castro (PI), que trata da desoneração da folha de pagamento para diversos
setores da economia brasileira, como transporte de passageiros, construção
civil e serviços hospitalares. Pelo texto da medida, em troca dos 20% do
pagamento da contribuição das empresas para o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), os setores beneficiados, passam a pagar o equivalente a
entre 1% e 2% de sua receita. Ao tirar tributos incidentes sobre os salários
dos trabalhadores, o governo busca estimular a geração de empregos no país e
melhorar a competitividade das empresas brasileiras.
Entretanto, devido à
especificidade das cooperativas, para elas o resultado acaba sendo negativo,
conforme explica o analista Tributário do Sistema OCB, Edimir Santos: “As
cooperativas de prestação de serviços possuem poucos empregados, já que as suas
principais atividades são desenvolvidas por associados , tendo assim uma
folha de pagamento muito pequena. Com a mudança proposta, apesar da alíquota
diminuir – passando de 20% para cerca de 1% – o valor pago à Previdência
aumenta sobremaneira para as cooperativas brasileiras”.
O Sistema OCB atuou
incisivamente, desde o início da tramitação da MPV, para conseguir que o
normativo excetuasse as sociedades cooperativas da nova forma de tributação,
conforme relembra a analista de Relações Internacionais da Organização das
Cooperativas Brasileiras, Clara Maffia: “Este é um tema que, desde o princípio,
nos preocupou bastante, pelo grande impacto tributário para as
cooperativas.
A primeira versão do relatório
não contemplava nossa solicitação. Porém, após diversas oportunidades de
demonstrar os malefícios que a medida traria às cooperativas em diferentes
ramos da economia, e contando com a sensibilidade dos parlamentares,
conseguimos que a aprovação de hoje incluísse o pleito cooperativista”. Segundo
Clara, foram atores importantes nesse processo o Representante Tributário da
Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Osmar Serraglio (PR)
e o próprio relator, Marcelo Castro.
A medida segue agora para
análise dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que devem
aprová-la até o dia 28 de fevereiro, quando perde sua eficácia.
Para acessar o texto aprovado, clique aqui.
Para acessar o texto aprovado, clique aqui.
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